Quero ver poeira voar




Baitaclã - festa de cultura popular que ocorre no Galpão do Clã organizada pela Cia de Teatro Baitaclã.



© Heloísa Alessio de Aguiar. Todos os Direitos Reservados. 2008.

Música a la carte


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Impulso


" Ser simples e sentir o impulso.
O impulso de um salto somente meu."



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Benção






Festa de Iemanjá

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Noah Gastronomia




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Tom Zé


Tom Zé - Caixa Cultural 27 e 28 de setembro de 2008
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R e s p i r o



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Amarela


Domingo de sol.
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Donzela Guerreira - Cia MundoRodá















Cia Mundo Rodá - Juliana Pardo e Alício Amaral
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Feia (antigas imagens)

Eu vi uma mulher, de boca fina e cabelos escuros, vindo em minha direção. Parou em minha frente perguntando:

- Vê este menino? _ apontando para o vazio ao seu lado.
Eu olhava mas nada via.

- É meu filho Morto. Um menino de sorriso triste e olhar piedoso. Ele insistiu em vir falar com você. Vê meu filho?

Não sabia como reagir. Aquela senhora ao mesmo tempo em que me assustava não me deixava dúvidas de que ali havia um menino.

Sentia que me observava quase me tocando, mas não o via. “Meu filho Morto”, ela disse.

- Ele é assim, sente falta de tudo, e diz que sente de você.

Meus olhos lacrimejaram e eu mais uma vez tentei ver o menino, quase o imaginava. Não sei como seriam seus traços, mas sei claramente como seria seu sorriso, algo muito parecido com o meu. E sei do que sente falta, sente minha falta, da mesma forma que eu sinto também. Pois não me tenho mais.

Há alguns anos não me reconheço mais e não me dou muita atenção. Há tempos que não choro. Há tempos que não gozo. Há tempos que não grito. Há tempos que não amo. Há tempos que não vivo.

A mulher foi embora puxando seu filho, fazia muita força como se ele lutasse para ficar. Por alguns minutos a segui, vendo de alguma forma o rosto sem olhos do menino.

Um rosto sem olhos, mas um corpo com um olhar o qual nunca poderei esquecer. Sabes que olhar está no corpo, não? Este menino iluminava cada centímetro meu, e me deixava aflita.

Sei que não podes entender o que se passou, eu só entendo, pois senti. E esta experiência é minha única razão e compreensão, sem questões ou dúvidas, senti.
Penso no menino todo o dia, sinto seu olhar sob mim, sinto sua piedade e sua razão. Não há mais problemas, nem soluções, apenas este menino que mesmo cego, me encontrou.

© Heloísa Alessio de Aguiar. Todos os Direitos Reservados. 2008.